RESUMO DA COPA - SUÉCIA, 1958

Mais uma vez a Europa sede um campeonato mundial, sendo que dessa vez coube a Suécia a responsabilidade de sediar a VI Copa do Mundo de Futebol organizada pela Fifa entre as datas de 8 de Junho a 29 de Junho de 1958 reunindo 16 selecionados participantes divididos em quatro grupos com quatro seleções em cada uma das chaves sendo que os dois primeiros de cada grupo passavam a fase de mata-mata. Caso o segundo e o terceiro colocado numa chave terminassem empatados em numero de pontos, haveria partida desempate pra ver quem seguiria adiante no torneio.

O Uruguai, bicampeão em 1930 e 1950 e semifinalista de 1954 surpreendentemente não conseguiu se classificar para a copa da Suécia ao levar 5x0 do Paraguai em Assunção pelas eliminátorias sul-americanas, sendo que o resultado classificou o escrete guaraní para a disputa na terra do Abba(o grupo nem existia nessa época, rsrsrs...) após 28 anos. Pela primeira vez a União Soviética se fez presente em uma copa do Mundo. A Hungria não era mais nem sombra do que era em 1954 e a atual campeã, a Alemanha Ocidental,havia desfeito a base ganhadora de 54, mas mesmo assim era considerada uma das favoritas junto com Inglaterra e URSS.

O atacante marroquino naturalizado frances Just Fontaine esteve literalmente ''fumado''(expressão largamente utilizada pelo amigo Foscheirinha) marcando 13 gols em 6 jogos, recorde até hoje. Finalmente, o mundo conheceria o talento do futebol brasileiro. Com uma das maiores equipes de futebol da história(na opinião de muitos, a maior) o Brasil chegou ao tão almejado título com uma campanha irretocavel e desfilando um futebol refinado, ousado, bonito e com uma dupla que arrebatou para sempre o futebol mundial: um certo homem de pernas tortas chamado de Mané Garrincha e um tal de Édson Arantes do Nascimento, 17 anos,conhecido como o maior de todos os tempos: Pelé. É importante ressaltar que o Brasil não era considerado como um dos favoritos para a conquista do mundial de 58, inclusive entre as tres seleções sul-americanas que jogariam aquela copa(Argentina, Brasil e Paraguai) acreditava-se que a Argentina pudesse ter uma melhor sorte, mas, no entanto as coisas não seriam assim(a Argentina tomou de 6x1 da Tchecoslováquia e caiu fora...). Vale destacar também a figura de Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira, que além de comprar no comércio de Estocolmo as camisas azuis da final contra a Suécia(que jogava de amarelo), revolucionou com sua organização levando junto profissionais(médicos, dentistas...) que pudessem atender os atletas brasileiros.

Na estréia, no acanhado estádio Rimmervallen, o Brasil fizera 3x0 na Austria, para depois empatar em 0x0(o primeiro das copas) com a Inglaterra e terminar a primeira fase com um 2x0 sobre a forte URSS, campeã olímpica de 1956 e com um certo Lev Yashin vestido de preto no gol. Nessa partida, Pelé e Garrincha(que destruiu a defesa soviética) finalmente entraram pra nunca mais saírem do escrete canarinho até o final da Copa. Nas quartas, um sofrido 1x0 sobre a retranca do País de Gales(gol de Pelé), pra depois passarem pela forte França de Fontaine e Raymond Kopa com um cintilante 5x2 nas semis até chegarem para uma das maiores consagrações do futebol brasileiro: Estádio Rassunda, Estocolmo, 51,8 mil pessoas, Brasil 5x2 Suécia com dois de Vavá, dois de Pelé(sendo um uma pintura-o famoso ''chapéu'') e um de Zagallo. Pela primeira(e única) vez um não-europeu conquistava o mundial em solo da Europa. Que jogadores! Que seleção! Viva o futebol brasileiro! Participantes; Alemanha Ocidental, Argentina, Áustria, Brasil, Escócia, França, País de Gales, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Iugoslávia, México, Paraguai, Suécia, Tchecoslováquia e URSS. A escalação canarinho era Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nílton Santos: Zito e Didi, Garrincha, Vavá, Pelé e Zagallo. Técnico Vicente Feolla.

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